Genética Molecular do Eixo GH-IGF1
César Luiz Boguszewski
Serviço de Endocrinologia e
Metabologia do Hospital de Clínicas
da Universidade Federal do Paraná
(SEMPR), Curitiba, Paraná.
Metabologia do Hospital de Clínicas
da Universidade Federal do Paraná
(SEMPR), Curitiba, Paraná.
“O hormônio de crescimento (GH, growth hormone), o fator de crescimento insulina símile-1 (IGF1, insulin-like growth factor-1) e uma enorme variedade de moléculas afins formam um eixo regulador do crescimento pré e pós-natal.
linicamente, os defeitos genéticos no eixo GH-IGF1 podem se manifestar tanto em síndromes de deficiência como de resistência hormonal, enfatizando a importância de se avaliar não apenas a secreção de GH numa criança com baixa estatura, mas também marcadores periféricos de uma possível resistência tecidual ao hormônio
Neste artigo, os principais defeitos genéticos descritos até o presente momento no eixo GH/IGF1 são revisados, com enfoque sobre as repercussões clínicas destes defeitos e a importância da avaliação genética no diagnóstico diferencial da baixa estatura idiopática e da baixa estatura familiar.”
“O HORMÔNIO DE CRESCIMENTO (GH, GROWTH HORMONE) é o peptídeo produzido em maior quantidade pela hipófise anterior, exercendo um papel de destaque no crescimento ósseo e dos tecidos moles, particularmente no período pós-natal.”
“Estes efeitos biológicos do GH são em grande parte mediados pela produção do fator de crescimento insulina símile-I (IGF1, insulin-like growth factor-1) no fígado e em tecidos periféricos”
“Mais recentemente, um estudo com camundongos transgênicos nos quais a produção hepática de IGF1 foi abolida, demonstrou que os animais cresceram normalmente, apesar de uma redução de 75% nos níveis séricos de IGF1, sugerindo que o IGF1 produzido pelo fígado não é essencial para o crescimento pós-natal (4). Ao contrário do observado no período pós-natal, a participação do GH no crescimento fetal intra-útero é bem menos relevante, com o IGF1 tendo um papel mais importante nesta fase (5). No sangue periférico, o IGF1 se associa a proteínas de ligação, sendo que até o presente momento seis diferentes IGFBPs (IGF1 binding proteins) estão bem caracterizadas. A principal delas é a IGFBP-3, cuja produção, assim como aquela do IGF1, também é estimulada pelo GH (6).”
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