quinta-feira, 2 de junho de 2011

5º FICHAMENTO


Genética Molecular do Eixo GH-IGF1

César Luiz Boguszewski
Serviço de Endocrinologia e
Metabologia do Hospital de Clínicas
da Universidade Federal do Paraná
(SEMPR), Curitiba, Paraná.

“O hormônio de crescimento (GH, growth hormone), o fator de crescimento insulina símile-1 (IGF1, insulin-like growth factor-1) e uma enorme variedade de moléculas afins formam um eixo regulador do crescimento pré e pós-natal.
linicamente, os defeitos genéticos no eixo GH-IGF1 podem se manifestar tanto em síndromes de deficiência como de resistência hormonal, enfatizando a importância de se avaliar não apenas a secreção de GH numa criança com baixa estatura, mas também marcadores periféricos de uma possível resistência tecidual ao hormônio
Neste artigo, os principais defeitos genéticos descritos até o presente momento no eixo GH/IGF1 são revisados, com enfoque sobre as repercussões clínicas destes defeitos e a importância da avaliação genética no diagnóstico diferencial da baixa estatura idiopática e da baixa estatura familiar.”
“O HORMÔNIO DE CRESCIMENTO (GH, GROWTH HORMONE) é o peptídeo produzido em maior quantidade pela hipófise anterior, exercendo um papel de destaque no crescimento ósseo e dos tecidos moles, particularmente no período pós-natal.”
“Estes efeitos biológicos do GH são em grande parte mediados pela produção do fator de crescimento insulina símile-I (IGF1, insulin-like growth factor-1) no fígado e em tecidos periféricos”
“Mais recentemente, um estudo com camundongos transgênicos nos quais a produção hepática de IGF1 foi abolida, demonstrou que os animais cresceram normalmente, apesar de uma redução de 75% nos níveis séricos de IGF1, sugerindo que o IGF1 produzido pelo fígado não é essencial para o crescimento pós-natal (4). Ao contrário do observado no período pós-natal, a participação do GH no crescimento fetal intra-útero é bem menos relevante, com o IGF1 tendo um papel mais importante nesta fase (5). No sangue periférico, o IGF1 se associa a proteínas de ligação, sendo que até o presente momento seis diferentes IGFBPs (IGF1 binding proteins) estão bem caracterizadas. A principal delas é a IGFBP-3, cuja produção, assim como aquela do IGF1, também é estimulada pelo GH (6).”

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