quinta-feira, 2 de junho de 2011

8º FICHAMENTO


Pró-Fono Revista de Atualização Científica
Print version ISSN 0104-5687
Pró-Fono R. Atual. Cient. vol.20 no.4 Barueri Oct./Dec. 2008
doi: 10.1590/S0104-56872008000400002 
 II Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia e Genética dos Distúrbios da Comunicação, 2008, Fortaleza - CE
 Antonio Richieri-Costa
Universidade de São Paulo – Bauru
Em diversas ocasiões comparei o estudo dos distúrbios genéticos da comunicação humana com a fábula dos homens cegos e o elefante, muito usada como alerta em ciências da saúde por ser um grande exemplo, de como a realidade pode ser vista sobre diferentes perspectivas e, que quase tudo que a primeira vista parece ser uma verdade absoluta, de fato se trata apenas de uma verdade relativa, devido às diferentes interpretações”.
Nos distúrbios da comunicação humana nem sempre os mecanismos etiológicos são claros e nem os limites entre situações clínicas que se sobrepõem. Não é incomum a necessidade de um período de seguimento para que o diagnóstico definitivo possa ser confirmado, assim, nem sempre a primeira impressão diagnóstica é válida. Os distúrbios da comunicação podem ser vistos dentro de um espectro "quasi continuum" que se estende desde limites muito próximos da normalidade até graves distúrbios do comportamento e da linguagem, que e em situações incomuns recebem o mesmo rótulo diagnóstico, portanto abrem-se as possibilidades de que possamos estar tateando diferentes partes de um mesmo elefante ou mais importante ainda que estejamos tateando diferentes animais”.
“As interfaces entre os distúrbios da comunicação e a genética clínica e molecular estão abertas e apontam um caminho fértil para o desenvolvimento de pesquisas conjuntas, no entanto, a resistência de alguns editores para a análise deste tipo de trabalho ainda permanece imutável, principalmente no impenetrável círculo dos PERIÓDICOS internacionais”.
Antonio Richieri-Costa


Agradecimentos especiais: Renata Haguete (Fonoaudióloga do Hospital Infantil Albert Sabin e Professora da Unifor); Doutora Erlane Ribeiro (Geneticista do Hospital Infantil Albert Sabin - HIAS/CE); Associação Cearense de Doenças Genéticas (ACDG); e a todos organizadores.

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